5 estratégias para lidar com a ansiedade

O estresse cotidiano dispara uma série de emoções em nosso corpo e, muitas deles, podem ser realmente desagradáveis. Uma delas é a ansiedade, que vem se tornando um problema comum entre diversas idades e, dependendo do nível, pode ser até incapacitante. A ansiedade é um mecanismo de proteção, uma resposta natural do organismo. Por exemplo, quando uma pessoa é colocada diante de uma situação de risco iminente, a reação de fuga só é possível graças ao mecanismo de ansiedade. Nesse mecanismo, o cérebro reage com uma descarga de adrenalina e o corpo começa a produzir sintomas físicos. Mas como é possível lidar com essa resposta de modo mais saudável?

Priscilla Souza, psicóloga comportamental, explica que: “A ansiedade existe como uma ferramenta para nos defender, é uma resposta para evitarmos um perigo próximo. Não sobreviveríamos sem nossa ansiedade. O que precisamos é aprender a usá-la mais em nosso benefício. ”

Por outro lado, a ansiedade também pode ser associada a momentos felizes, as famosas “borboletas no estômago”. Portanto, esse sentimento é uma expectativa apreensiva com relação ao que está por vir, seja algo positivo ou negativo. Em alguns casos, a pessoa pode sentir-se triste, agitada e ter sintomas físicos como sudorese, dor de cabeça, sonolência e falta de ar.

O Relatório Mundial de Saúde Mental de 2022, divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) traz dados alarmantes sobre a piora dos transtornos mentais em todo o mundo, com aumento superior a 25% dos novos casos de depressão e ansiedade. Segundo a OMS, é “a maior revisão da saúde mental mundial desde a virada do século”. Por isso, a especialista trouxe algumas dicas de como controlar a ansiedade e evitar os efeitos negativos de uma crise.

Primeiramente, é necessário parar para pensar sobre a própria vida. “A gente não tem tempo para fazer isso e fica tão ansioso, tão preocupado que não se analisa um pouco a própria vida, o momento em que está passando, as situações que possam ser gatilho de stress e de ansiedade”- explica a psicóloga. Portanto, o primeiro passo é tomar consciência do que está acontecendo. Nesse sentido, é vital que a pessoa busque a ajuda de um especialista em saúde mental, para ajudar a diagnosticar e lidar com essas questões.

A segunda coisa é tentar levantar quais são os agentes de estímulo ansioso. Ou seja, quais fatores despertam ansiedade no dia a dia. Pode ser uma pessoa, pode ser o trabalho ou até mesmo algum tipo de situação, como esperar por uma resposta de um processo seletivo. Entender o que causa a ansiedade é vital para trabalhar com ela.

Terceiro, identificar quais são os sintomas da própria ansiedade. “Como você percebe a sua ansiedade? Eu rôo a unha? Eu fico balançando a perna? Eu tenho dor de barriga? Eu não consigo comer direito? Eu perco o sono? Quais são os seus sintomas de ansiedade?”

Tudo envolve o autoconhecimento. Por isso, em quarto lugar, é vital começar a analisar em que momentos esses sintomas aparecem. Dessa forma, é possível perceber exatamente o que é que desperta a ansiedade. “A gente não é ansioso 24 horas por dia. A gente libera a ansiedade ruim, que é aquela que a gente aprende. Acontece em determinados momentos que são difíceis para a gente” – completa a especialista.

Por fim, é necessário tentar estabelecer um controle sobre esses sintomas, já que já está identificado quando eles virão e por quais motivos. Uma boa opção é lidar com esses gatilhos de outro modo ou evitá-los. Até mesmo um passatempo pode ajudar a aliviar a ansiedade. Em casos de muita dificuldade, o indicado é procurar um terapeuta, que ajudará a chegar em um maior autoconhecimento e autocontrole. Técnicas como caminhadas, exercícios físicos e meditação podem auxiliar no problema.

O importante é buscar tratar a questão, pois a ansiedade pode aumentar de ansiedade, levando a outros problemas de saúde mental e podendo impactar seriamente a rotina.