Lifestyle
Millennials: os hábitos de consumo da nova geração!
Os millennials, geração que nasceu conectada e rodeada de tecnologia, é única quando comparada com suas antecessoras. Jovens que cresceram sob o mantra de “sigam seus sonhos” estão revolucionando o universo do retail de moda. Aos poucos vão tirando o sono das grandes fashion brands, desde que tornaram seus principais consumidores. Geração do incômodo mesmo, né? Mas o que leva os millennials a, literalmente, abrir a carteira?
Também conhecidos como a “geração Y”, os jovens entre 18 e 35 anos, tem um “attention gap” igual ao de um peixe dourado. Ou seja, uma dificuldade imensa de prestar atenção e memorizar as coisas. Perdem o interesse com muita facilidade. O que faz com que as marcas precisem estar em atualização constante para se manter em evidência.
Além disso, os millennials são considerados a primeira geração das últimas décadas a ter a expectativa de poder aquisitivo menor do que seus antecessores. Chato, né? Mas foi isso que os obrigou a aprender a comprar de forma inteligente.
Mas afinal, o que isso significa? Significa que, ao contrário das gerações anteriores, os jovens de hoje vão pensar duas vezes antes de consumir uma roupinha só porque ela é fofa. Eles vão levar mil coisas em consideração antes de abrirem suas carteiras. Algumas, mais do que outras.
A LIM College de Nova York divulgou uma pesquisa que afirma que o que realmente leva a maioria dos millennials a comprar determinado produto é a sua exclusividade e novidade. Segundo um professor da universidade, os jovens consumidores “se consideram um ‘mercado de um’ e querem ter algo exclusivo que não esteja imediatamente disponível para outros. Eles querem montar seu look de seu jeito próprio e autentico”. Ousado, certo?
Para a geração mais bombada do momento a exclusividade de determinado produto é mais importante do que a marca que ele carrega. Há ainda a opinião dos tão famosos influenciadores digitais sobre o produto. Mas claro que isso não significa que as queridas blogueiras não possuem seu poder. Como vocês podem ver aqui , elas ainda exercem uma grande força sobre a geração atual. E isso não deve mudar tão cedo!
E você lembra que falamos que os millennials gostam mesmo é de uma novidade? Um bom exemplo de como isso influenciou o mercado de moda é como as grandes marcas passaram a adotar o modelo “see now, buy now”. O sistema disponibiliza para compra as peças fresquinhas da passarela (você pode entender mais sobre o impacto disso aqui). Quem fez isso, por exemplo, foi a Burberry, no seu desfile 2017, em Londres. Mais exclusivo que isso, só assaltando backstage antes do show, né?
Outra característica marcante dessa geração é seu engajamento político. É claro que isso vai influenciar o universo da moda. Até porque, a moda nada mais é do que uma forma de expressão. Ela sempre andou lado a lado com os grandes marcos políticos e econômicos da história mundial. Pense o New Look (Dior), por exemplo, que serviu como anúncio do fim das vacas magras. pós-guerra em 1947.
Por isso, a politização do público jovem é (ainda bem!) outro fator que está mudando o mercado fashion. É cada vez mais comum presenciar grandes e pequenas marcas assumindo e transmitindo posicionamentos políticos. E isso acontece através de seus produtos e campanhas. Quantas pessoas você conhece que torceram o nariz para a campanha fluida do Verão Feminino 2016 da Louis Vuitton estrelando ninguém menos que Jaden Smith?
E, se depender dessa galera, não são apenas as questões de gênero, como a fluidez e o empoderamento feminino, que dão o tom do futuro da moda. A preocupação com o impacto social é uma das coisas mais importantes para os millennials na hora de gastar seu dinheirinho. A sustentabilidade, a consciência e a ética na hora de produzir e comprar é uma discussão que, volta e meia, aparece entre os jovens. E também já tem seu impacto (e que impacto!) no universo fashion.
Hoje, movimentos ligados a conscientização e a divulgação do consumo irresponsável estão ganhando força. Um exemplo é o documentário “The True Cost“ , que deixa as coisas mais difíceis para as grandes fast fashion’s que escolhem ignorar as mudanças no cenário sócio-político mundial. Da até pra entender a falta de sono dos CEO’s agora, né?
Se você quer provas concretas desse movimento é só reparar no aumento das peças artesanais. Feitas em pequena escala e com exclusividade ganham muitos adeptos. E cada vez mais as pessoas estão buscando os brechós e o upcycling de peças antigas como opção. Afinal, todo mundo tem aquela jaqueta preferida velhona, que só precisa de um bom trato pra voltar pra balada, né?
E você? Com o que você se importa mais na hora de gastar seu precioso dinheirinho? Conta pra gente!
por Mariana Feijó
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