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Vitamina D: Por que ela é tão importante?

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A vitamina D ganhou os holofotes da medicina nos últimos tempos. De uma hora para outra, essa substância passou a ser a nova preocupação de quem deseja manter a boa saúde. Mas qual o motivo de tanto alvoroço?

A vitamina D vem da exposição solar. Apesar do tema ainda ser motivo de impasse entre algumas especialidades médicas, é consenso que se expor moderadamente ao sol é benéfico para a saúde e pode ajudar na prevenção de algumas doenças. Um desses benefícios é que essa exposição proporciona a vitamina D, cuja a deficiência é muito comum no Brasil e afeta ambos os sexos, inclusive muitos adolescentes.

vitamina d guia alimentação e deficiência

A vitamina D contribui para o bom funcionamento do organismo. Ela pode ajudar na prevenção de doenças autoimunes, neurológicas, cardiovasculares, metabólicas e alguns tipos de câncer. Também ajuda na absorção do cálcio e do fósforo no intestino. É essencial para fortalecer ossos e dentes, aumentar a produção de músculos, melhorar o equilíbrio e fortalecer o sistema imunológico.

Algo que pouca gente sabe é que manter os bons níveis da vitamina no corpo, previne alguns tipos de câncer, como os de cólon, de reto e da mama e o envelhecimento precoce. Obesidade, diabetes, depressão, Alzheimer, doença cardiovascular, câncer de mama, câncer colorretal, câncer de próstata e artrite reumatoide também são impactadas por este importante nutriente.

De acordo com a Dra. Simone Neri, dermatologista da Clínica Medcin, a Vitamina D é um pró-hormônio produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele. As duas principais formas são a vitamina D2 (ergo calciferol) e a vitamina D3 (cole calciferol). No fígado, a vitamina D3 é transformada em 25 hidroxi-vitamina D e é esta que os médicos usam como parâmetro nos exames de sangue. A forma ativa da vitamina D é o calcitriol, obtido a partir da transformação da 25 hidroxi nos rins. O calcitriol é um hormônio que facilita a absorção de cálcio pelo organismo.

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Muitos estudos mostram que grande parte da população tem deficiência de vitamina D, o que aumenta a chance de desenvolver doenças. O grupo de maior risco são mulheres acima de 55 anos, na pós–menopausa. Mas, homens e mulheres de diferentes idades também apresentam com frequência níveis baixos da vitamina D. Os valores considerados adequados em adultos são acima de 30 ng/ml. Para o bom funcionamento do corpo, são necessárias, no mínimo, 200 UI (unidade internacional usada para a vitamina D) para os adultos, por dia. Já entre as crianças, as doses variam de acordo com a idade.

“É importante que a exposição solar seja cuidadosa. Deve ocorrer no início da manhã, antes das 10h ou no final da tarde, após as 16h. Isso evita os efeitos nocivos dos raios ultravioletas, de preferência em áreas não expostas cronicamente a luz solar, como palmas e plantas dos pés, costas e pernas”, explica a Dra. Simone Neri.

E nada de deixar o filtro solar de lado. Segundo um estudo recente, conduzido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a aplicação do produto não impede a formação da substância no organismo.  Ao contrário do que muitos pensam, é fundamental o uso dos protetores solares, principalmente em áreas do corpo cronicamente expostas a radiação ultravioleta, na prevenção ao câncer de pele.

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Além da exposição controlada ao sol, a alimentação também contribui para a produção da vitamina D. Alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ajudam na produção do hormônio. Mas somente a alimentação não é suficiente para manter um nível adequado de vitamina D no sangue. O banho de sol, portanto, é a principal forma de conseguir a quantidade indicada. Em alguns casos, a suplementação também se faz necessária. (veja aqui outros alimentos para ganhar mais saúde!)

“A suplementação normaliza os níveis de vitamina D em torno de 3 meses após o uso diário ou semanal de forma contínua. A dose correta de suplementação depende de idade, nível de deficiência e fatores de risco que cada paciente apresenta. A deficiência da vitamina D pode ser silenciosa, ou seja, não produzir sintomas. Mas, pessoas com níveis muito baixos podem apresentar fadiga, fraqueza muscular e até dor crônica”, conta a Dra. Simone Neri.

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Antes de tomar qualquer suplemento é importante checar a dosagem do nível de vitamina D no sangue já que as consequências do excesso do pró-hormônio no organismo também geram problemas sérios à saúde. Entre eles, o enfraquecimento dos ossos, elevação dos níveis de cálcio que pode gerar pedras nos rins, arritmia cardíaca, falta de apetite, náuseas, vômitos, aumento da frequência urinária, fraqueza, hipertensão arterial, sede, coceira na pele e nervosismo. Portanto, é essencial procurar um médico e fazer um check-up anual para verificar a dosagem de vitamina D no sangue.

“Sabemos que a radiação solar é essencial à vida no planeta, e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas. Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona”, finaliza a Dra. Simone Neri.

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Erisson Rosati é jornalista, especializado em moda e beleza. Já atuou em grandes veículos como Portal IG, TOP Magazine e Cabelos e Cia. É assessor de imprensa e professor de cursos livres da Universidade Belas Artes.

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